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Comunicado aos Sócios: Reportagem sobre Airsoft na SIC 
Em 28 de Outubro de 2007, a SIC emitiu uma reportagem televisiva alusiva ao Airsoft, apelidando-a de um "Jogo de Guerra". Pelo facto de a reportagem conter algumas inverdades e imprecisões a FPA, enquanto entidade cujos objectivos passam pela promoção e divulgação do Airsoft a nível nacional, vem apresentar alguns (melhores) esclarecimentos sobre a modalidade em si.
Colocado em 29/Oct/2007, 23:50
A Federação Portuguesa de Airsoft - Associação de Promoção ao Desporto (FPA), Pessoa Colectiva n.º 507066261, com Estatutos publicados no Nº65 da III Série do D.R., a 4/04/2005, e com última rectificação estatutária a 28/07/2006, no Nº145 da II Série do D.R., representante de Portugal na International Airsoft Practical Shooting Federation (IAPS) vem prestar o seguinte esclarecimento:

Em 28 de Outubro de 2007, a SIC emitiu uma reportagem televisiva alusiva ao Airsoft, apelidando-a de um "Jogo de Guerra". Nessa reportagem foram entrevistados, no local, alguns praticantes da modalidade e foram emitidas imagens de um "jogo de airsoft". Nessa mesma peça, é dito que a modalidade é praticada "quase exclusivamente por ex-militares das forças especiais", e que se presta a simular cenários de conflictos armados.

Pelo facto de a reportagem conter algumas inverdades e imprecisões a FPA, enquanto entidade cujos objectivos passam pela promoção e divulgação do Airsoft a nível nacional, vem apresentar alguns (melhores) esclarecimentos sobre a modalidade em si.

1.º - A FPA não é responsável pelo "jogo de airsoft" apresentado na reportagem televisiva, nem dele teve conhecimento prévio.

2.º - A FPA desconhece quem são os praticantes envolvidos, nem sabe se os mesmos estão inscritos como praticantes na FPA.

3.º - A FPA conta com cerca de 600 praticantes regularmentes inscritos, de forma independente, ou através de clubes de Airsoft.

4.º - Na reportagem da SIC realçam-se as seguintes passagens:
"O Airsoft é uma espécie de Paintball mas é praticado por ex-militares das Forças Especiais"

"Jogo de Guerra praticado quase exclusivamente por ex-militares das forças especiais".

Escrito em rodapé: "Diversão para ex-militares das Forças Especiais". "

Ao contrário do que foi dito nessa reportagem, o Airsoft é um desporto autónomo, bem distinto do Paintball, em diversos aspectos: o equipamento de protecção utilizado é diferente, em paintball são usados marcadores e no Airsoft são usadas armas de "softair", cuja energia de disparo é muito menor que num marcador de paintball, e as respectivas munições diferem no material e no tamanho.

O Airsoft não é "um jogo de guerra praticado quase exclusivamente para ex-militares das forças especiais", afirmação que, desde já, a FPA rejeita liminarmente.

A FPA conta com praticantes de todos os quadrantes profissionais, e em rigor,a esmagadora maioria dos praticantes de Airsoft na FPA, não são militares, ou ex-militares. Com efeito, os profissionais das Forças Armadas, não excedem cerca de 5% da totalidade dos praticantes inscritos, e ex-militares das forças especiais inscritos não superam 2% dos practicantes inscritos.

Com efeito, os militares inscritos, e em especial os militares das forças especiais que se encontram devidamente inscritos na FPA, têm por regra não comparar o Airsoft a um cenário bélico, adoptando inclusive alguma discrição quanto à exposição pública, devido as funções que exercem ou exerceram, além de que as diferenças entre uma realidade e outra são efectivamente bem distintas. Em suma, não têm por regra divulgar a sua condição de militares ou ex-militares das Forças Especiais.

Para se praticar Airsoft, não é, pois, requisito ser-se ex-membro de qualquer das forças especiais.

O Airsoft (ou Softair) é uma actividade desportiva em que são utilizadas reproduções de armas, denominadas de armas de softair. Estas reproduções estão enquadradas na Lei n.º 5/2006 (Nova Lei das Armas e Munições), como “armas de Softair”, de categoria G, ou seja, armas com características não-letais, facto que não foi mencionado, e é da extrema importância, visto que "réplicas" ou "reproduções de armas" são proibidas no ordenamento jurídico português.

A vertente de Airsoft representada na reportagem, é somente uma das disciplinas do Airsoft: o Jogo Táctico em Equipa.

Dada a versatilidade inerente às armas de softair, dentro do Airsoft podemos distinguir as seguintes disciplinas, ou sub-modalidades, distinção essa que serviu de base a distinção de disciplinas do Airsoft pela FPA: O Tiro de Precisão de Airsoft, o Tiro Desportivo de Airsoft, o Tiro Prático (ou Tiro Dinâmico) de Airsoft e o Jogo Táctico de Equipa.

Portanto, considerar o Airsoft "um jogo de guerra" é uma afirmação que peca por imprecisa, visto existirem mais modalidades para além do Jogo Táctico de Equipa.

Na vertente de Airsoft abordada na reportagem, o Jogo Táctico de Equipa, não visa exclusivamente simular um cenário bélico; visa, sobretudo, alcançar, em equipa, objectivos propostos pela organização do Jogo, onde os obstáculos são superados em conjunto, procurando promover o trabalho em equipa, o espírito de entreajuda e a camaradagem.

Com efeito, existem Jogos Tácticos, em que os objectivos não passam pela simulação táctico-militar, nem existe confronto directo entre adversários: aqueles podem passar pela descoberta no terreno de alvos em cartão, ou balões, da equipa adversária, tentando atingi-los. Procurando-se superar em conjunto os diversos obstáculos naturais ou colocados pela organização da prova, nem sempre um Jogo Táctico de Equipa passa pela simulação táctico-militar.

Por último, a FPA quer deixar bem expressa a ideia que no Airsoft não se pretende a imitação exclusiva das Forças Militares, pelas quais tem o maior respeito e consideração, e que em caso algum se advoga ou promove qualquer forma de belicismo e/ou militarismo, pelo que, não se revê na imagem e conceito do Airsoft apresentado na referida reportagem. Desta forma, e sob a forma de carta, a FPA dirigir-se-á à SIC no sentido de melhor informar esta digníssima estação televisiva acerca da nossa modalidade.

P'la direcção da FPA,

Pedro Pastor
Presidente da Direcção



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A Associação Lusitana de Airsoft é uma Associação de Promoção Desportiva cuja publicação consta no Nº65 da III Série do D.R., a 4/04/2005, sob a denominação de Federação Portuguesa de Airsoft.
Última rectificação estatutária a 12/08/2011.
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